Escrito por: Andiara Paduan de Oliveira (Gerente de PA)
O relacionamento digital é reflexo da disrupção de barreiras de espaço, tempo e, sobretudo, da necessidade das pessoas de se aproximarem de forma remota, ágil e descomplicada daquilo e daqueles que as interessam, seja por uma necessidade ou por satisfação.
Esse relacionamento conta com interações automatizadas por tecnologias que armazenam grande volume de dados, atividades e fatores de baixa cognição. Porém, devem conservar fatores humanos, cognitivos, de criatividade, de colaboração, experimentação, intuição, emoção e ética, pois envolve pessoas. Trata-se de uma transformação que já está ocorrendo há mais de 10 anos.
A rapidez com que esses relacionamentos acontecem, estimula inovação sobre produtividade, colaboração, acessibilidade, consumo, soluções, e principalmente, valores. Nesse cenário, a qualidade passa ser a característica mais sensível dessas relações, fazendo com que empresas de diferentes segmentos sejam comparadas entre si pela experiência que proporcionam aos seus clientes na concessão de seus produtos, serviços, atendimento e jornada como um todo.
Desta forma, há instituições que se unem para proporcionar atendimento e soluções mais completas e diferenciadas dos demais. As fintechs são exemplos desses movimentos que unem serviços financeiros às tecnologias.
Fintechs são startups do setor de finanças. Empresas focadas em soluções práticas e inovadoras. Elas estão preocupadas em oferecerem serviços e produtos customizados e que essa oferta atenda de forma rápida e descomplicada as demandas do seu público, diferente dos modelos de bancos tradicionais que atuam com grande prateleira de serviços e atendimentos massificados.
Algumas instituições financeiras convencionais, percebendo o crescimento e a relevância das fintechs, passaram a criar iniciativas para promover relacionamentos digitais, ambientes de interação online e remota, com uma preocupação extra com a transparência dessa relação, uma vez que muitos de seus clientes evadiram para fintechs, na busca de relacionamentos mais assertivos.
Cooperativismo e relacionamento digital
As cooperativas já têm como característica central, um ambiente colaborativo no qual todo cooperado faz parte do ecossistema e dos resultados gerados.
Desta forma, no cooperativismo há uma tendencia da integração do digital e do físico, de forma a proporcionar aos seus associados, operações e atendimentos com segurança, mobilidade e adaptabilidade sem perder a proximidade e participação do atendimento tradicional do sistema. Essa é a tendência do mercado e dos negócios exponenciais!
O relacionamento “phygital” é a incorporação das funcionalidades digitais (automatização, tecnologia, ferramentas ágeis e inovadoras) à experiencia de atendimento físico e humanizado com o usuário. Esse relacionamento híbrido, proporciona uma convivência mais fluída e qualificada, garantindo maior satisfação e experiências de encantamento.
Este movimento trata-se da possibilidade de fazer com que o consumidor não veja diferença entre o mundo online e offline. É a convergência entre todos os canais utilizados pela organização, para melhorar as experiências dos usuários e conduzir melhor os relacionamentos.
Essa é uma grande tendência, principalmente para a gestão estratégica do varejo, e recebeu o nome de “Ommnichanel”. Essa nova forma de trabalhar e se relacionar, está em “abraçar a tecnologia”, mas não transformar-se nela. O futuro está na tecnologia, entretanto, o maior futuro está em transcende-la.
Ao que tudo indica, são as experiências inesquecíveis que garantirão o sucesso dos negócios. Vivemos uma era de sensações e vivências, na qual as tecnologias agilizam e antecipam essas percepções no consumidor. Desta forma, quem trabalhar com a integração do universo físico e digital prosperará mais e se destacará.