Vieira Junior – Gerente de Comunicação, Marketing e Sustentabilidade da Cocre
As doenças mentais e emocionais no mundo corporativo têm se tornado cada vez mais frequentes. Segundo pesquisa feita pela consultoria B2P, o número de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais aumentou 23,3% entre 2019 e 2020, gerando mais afastamentos, por incrível que isso possa aparecer, que a Covid-19.
O levantamento da consultoria inclui um recorte de 331 mil colaboradores em 18 empresas brasileiras. Os dados consideraram os afastamentos entre março de 2019 e março de 2021.
Dados da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) mostram que as vendas de antidepressivos e benzodiazepínicos (os populares calmantes vendidos com receita) aumentaram em média 24% em 2020. E são esses números que têm batido às portas e entrado corredor a dentro das organizações.
Diante disso, diversas pesquisas mostram que empresas têm relatado maior preocupação dos funcionários com seu lado emocional. Uma pesquisa da Kenoby mostra, porém, que os investimentos por parte das companhias ainda não ocorre na mesma velocidade do aumento dos casos.
No levantamento, fica evidente que 67% dos RHs disseram que a empresa já teve afastamento de funcionários por problemas emocionais, mas que ainda assim não possuem um programa estruturado para tratar das questões mentais e emocionais do colaborador, ficando a cargo de cada líder esse cuidado.
É aqui que destacamos, como nunca, o papel dessa liderança, que precisa ser cada vez mais humana, conectada, que entende e estude sobre gente e que se preocupa, antes de tudo, com o ser humano ao seu lado.
A liderança nos século 21 já tem sido uma atividade, sobretudo, de acolher e ajudar pessoas, caso contrário você não terá ninguém pra trabalhar ao seu lado. Agora, precisamos de mais, precisamos de líderes que leiam almas.
Ter líderes que sejam capazes de observar, identificar, tratar e sobretudo proporcionar um clima saudável para uma vida positiva é cada vez mais necessário para o negócio. O lucro e a linha positiva a longo prazo dependem de um ambiente saudável.
Sem pessoas sãs, nada vai acontecer. O líder que lê almas será capaz de traduzir sentimentos em resultados positivos para a pessoa e a empresa.