Evandro Piedade do Amaral – Presidente da Cocre
Diferente das instituições financeiras tradicionais, as cooperativas de crédito têm como centro de sua existência as pessoas. Neste caso, não pessoas como clientes, mas sim, como associadas da instituição e que por isso, também são donas.
Mas isso tudo você já sabe. O que você talvez ainda não saiba é que as cooperativas se tornaram um dos modelos de negócio no setor financeiro que mais cresce e que mais se destaca no período de pós-crise do Covid-19 (que apesar de ainda não ter terminado totalmente, já dá sinais de desaparecimento).
Um estudo do Sebrae realizado recentemente junto com a Fundação Getúlio Vargas, mostra que a taxa de sucesso no empréstimo de créditos para as pequenas e micro empresas ao longo da pandemia, foi de 31% em cooperativas. Esse número é o maior de todos se comparado aos 12% dos bancos privados e apenas 9% dos bancos públicos.
Ou seja, no momento em que mais precisaram, as pessoas puderam contar com as cooperativas. E é justamente por esse cuidado e suporte que hoje, no pós-crise, elas crescem e ganham cada vez mais notoriedade e associados.
Além disso, as cooperativas colocam no centro de suas estratégias a educação financeira. Isso significa que o propósito dessas instituições está voltado para o desenvolvimento financeiro de seus associados, auxiliando cada um deles em suas necessidades, como também buscando ensinar e educar financeiramente cada um, para que haja a justiça relacionada ao dinheiro.
Por conta disto que as cooperativas de crédito vêm ganhando destaque e devem crescer ainda mais no período de pós-crise. Taxas mais atrativas, atendimento personalizado e o foco em pessoas são demandas que o mercado exige, sobretudo depois de uma crise que balançou a economia do mundo todo.