Nivaldo Camillo – Diretor Executivo da Cocre
Enquanto a pandemia da Covid-19 se alastrou rapidamente e causou incontáveis estragos por onde passou, a retomada da economia do país segue um ritmo um pouco mais lento e ainda apresenta muitos desafios. Como no campo da saúde, a área econômica sofreu perdas geradas pela crise sanitária, abrindo assim feridas que vão levar tempo para serem fechadas.
Desemprego, empresas fechadas, dólar em alta, inflação galopante e aumento da pobreza são alguns dos sintomas deixados pelo vírus e que têm dificultado o país de contornar a crise.
Neste cenário de incertezas, uma alternativa para a sobrevivência e a manutenção das atividades da empresa é a possibilidade de buscar crédito junto às instituições financeiras. No entanto, o que poderia se tornar a tábua da salvação para os negócios, acabou se tornando mais um obstáculo devido as altas taxas de juros e as burocracias praticadas pelos bancos.
É neste ponto que as cooperativas de crédito se consolidam como uma das maiores aliadas das empresas e do país neste momento de retomada econômica, pois elas acabam atendendo a boa parte da demanda represada por crédito. É o que mostra relatório da FGV (Fundação Getúlio Vargas) “O impacto da pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”.
O estudo revelou que 86% dos empresários que foram atrás de crédito não conseguiram ou ainda estavam aguardando resposta. Do total de empresários que buscaram crédito, 26% tiveram sucesso ao buscar apoio em cooperativas financeiras, valor muito superior que em outros bancos, onde a média foi de 10%.
Os números colocam as cooperativas de crédito no caminho da volta por cima da economia, uma vez que a retomada deve ser baseada em três pilares, conforme documento publicado pela Secretaria de Política Econômica do governo federal: emprego, crédito e consolidação fiscal.
Por essas e outras, até mesmo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reconheceu e destacou recentemente a importância do cooperativismo financeiro durante o período da pandemia e para a retomada econômica.
É assim, por acreditar nas pessoas, nas empresas e no Brasil, que o cooperativismo se torna a parceria mais viável para aqueles que esperam por um futuro mais cheio de oportunidades, de desenvolvimento econômico e de bem-estar social.
O futuro está na cooperação e na união de forças. Juntos vamos conseguir colocar o país nos trilhos e tornar essa nação pulsante outra vez!